Triste realidade que vivemos em nossa Nova Friburgo. Construções históricas, centenárias, vão ao chão por simples falta de gestão e vontade dos nossos governantes.
Anteriormente já havia feito uma postagem sobre esse assunto. Mas, cada vez que vejo uma comparação entre as nossas ruas como eram antes e como estão agora, me causa angústia.
Isso acontece pois conhecemos o valor de manter a história de uma cidade viva, por meio de suas construções. Muitas cidades vivem disso turisticamente ou, ao menos, conseguem se colocar no mapa do turismo por causa delas. Em Minas Gerais não faltam exemplos de cidades assim. Conhecidas e reconhecidas no Brasil inteiro por ter mantido o seu conjunto arquitetônico de pé e bem conservado. Entram, assim, na rota do turismo e toda a cidade ganha com isso, hotéis, comércio. É um ciclo fantástico.
Mas, em Friburgo há um pensamento diferente, me parece. Nossos governantes buscam manter de pé apenas alguns pontos históricos. Não parecem pensar num todo. Afinal, não seria muito mais interessante que os casarões e sobrados do entorno das praças Getúlio Vargas e Dermeval Barbosa fossem mantidos de pé? O valor do conjunto histórico seria muito maior e mais interessante culturalmente, imponente!
Entendo o lado do dono do imóvel antigo, sua área pode estar valorizada e ele pode querer vender, mas a Prefeitura deveria tombar tais imóveis, além da sua fachada apenas.Há muitos contras para donos de imóveis antigos, afinal, quase tudo que ele desejar fazer no imóvel tem que passar pelo crivo da Secretaria responsável, e ele muitas vezes tem que arcar com altos valores para manter ou reformar algo. Nesse ponto a Prefeitura deveria auxiliar, afinal é de interesse da cidade que tal imóvel mantenha-se de pé.
Enquanto nossos governantes tiverem a mentalidade tacanha de que, para existir uma cidade evoluída, é preciso colocar abaixo o velho, o histórico, a única maneira que teremos para contar a nossa história será através de arquivos de vídeos e fotos.
Fotos: Osmar Castro
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